Fonte: Covid-19 Brasil
Um grupo de cientistas independentes formado por representantes de várias instituições brasileiras de pesquisa está engajado em contribuir para o controle do surto do novo coronavírus no país. Eles utilizam ferramentas de análise cientificamente embasadas e buscam auxiliar gestores, autoridades e a população de uma maneira geral no enfrentamento da Covid-19. Uma das frentes do grupo é a Análise da Subnotificação, isso porque no Brasil e no mundo existe um cenário de insegurança. Segundo os pesquisadores, as taxas têm variado especialmente pela incerteza sobre a quantidade total de pessoas infectadas, o que se dá especialmente pela falta de disponibilidade de testes de confirmação da infecção pela Covid-19, produzindo discrepâncias importantes no cenário internacional, e dificultando a implementação de políticas públicas para o controle da situação.
Confira aqui a reflexão e estimativa divulgada pelo grupo.
A revista piauí e a Rádio Novelo produzem em conjunto o podcast Luz no Fim da Quarentena. O programa conta com a participação do professor titular de bioquímica da Universidade de São Paulo, Fernando Reinach, que fala didaticamente a respeito de pesquisas científicas que vão ajudar os brasileiros a interromperem o isolamento social. O podcast não tem dia ou horário fixo para lançamento, mas pelo menos duas vezes por semana os episódios são divulgados no site da revista e nos principais tocadores de podcasts.
A professora Dra. Érika Seki Kioshima Cotica possui graduação em Farmácia pela Universidade Estadual de Maringá (2003) e doutorado em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo (2009). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Brasília, no Departamento de Biologia Celular (2009-2012), atuando nas áreas de biologia molecular de fungos patogênicos e expressão de proteínas recombinantes.
Em 2012, realizou estágio de pós-doutoramento no LORIA (Laboratoire Lorrain de Recherche en Informatique et ses Aplications), na área de modelagem molecular e varredura virtual com foco no desenvolvimento de novos antifúngicos. Ela é docente nos cursos de Farmácia e Biomedicina na UEM, ministrando disciplinas como Micologia Médica e Biotecnologia. Também faz parte do Programa de Pós-graduação em Biociências e Fisiopatologia.
Na websérie Coronavírus em Análise, a pesquisadora contribui com um comentário a respeito de diagnóstico, proteínas virais e brevemente sobre vacinas.
Fonte: Serrapilheira.org
O Instituto Serrapilheira vai financiar com R$ 1 milhão o primeiro estudo brasileiro que investigará o número de infectados pelo novo coronavírus. O levantamento é uma iniciativa do governo do estado do Rio Grande do Sul e será conduzido por um grupo de pesquisadores da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), com a participação de outras universidades do estado, a partir dos próximos dias. O estudo vai analisar a evolução de prevalência de infecção de Covid-19 especificamente na população gaúcha. Os pesquisadores, no entanto, já planejam reproduzir o levantamento no país inteiro, por solicitação do Ministério da Saúde. Eles explicam que, em epidemiologia, identificar a magnitude de um problema de saúde na população inteira, e não em subgrupos específicos de pessoas com suspeita da doença, é o primeiro passo para o desenvolvimento de estratégias efetivas de saúde pública baseadas em evidências. Os dados obtidos no estudo serão essenciais para se planejar medidas mais precisas de combate à pandemia.
Conheça aqui a metodologia do estudo.
Fonte: UEM
Título: Perguntas e Respostas sobre Desinfecção e Antissepsia em tempos da COVID-19
O Grupo de Estudo de Evidências Científicas em Covid-19, da Universidade Estadual de Maringá, disponibilizou em sua página uma lista com perguntas e respostas sobre limpeza durante a pandemia do novo coronavírus. O objetivo é elucidar dúvidas frequentes de maneira direta e com fontes confiáveis. O documento aborda limpeza de lugares, objetos, roupas, mãos – indicando como fazer e com quais substâncias. O grupo divulga publicações relacionadas ao vírus semanalmente.
Acesse a lista aqui.
Fonte: ScienceDirect
Título original: Can atmospheric pollution be considered a co-factor in extremely high level of SARS-CoV-2 lethality in Northern Italy?
Artigo assinado por Edoardo Conticini, Bruno Frediani e Dario Caro.
Resumo:
Este artigo investiga a correlação entre o alto nível de letalidade da Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e a poluição atmosférica no norte da Itália. De fato, a Lombardia e Emília-Romanha são regiões italianas com o mais alto nível de letalidade de vírus no mundo e uma das áreas mais poluídas da Europa. Com base nessa correlação, este artigo analisa o possível vínculo entre a poluição e o desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório agudo e, eventualmente, a morte. Fornecemos evidências de que as pessoas que vivem em uma área com altos níveis de poluentes são mais propensas a desenvolver condições respiratórias crônicas e adequadas a qualquer agente infeccioso. Além disso, uma exposição prolongada à poluição do ar leva a um estímulo inflamatório crônico, mesmo em indivíduos jovens e saudáveis. Concluímos que o alto nível de poluição no norte da Itália deve ser considerado um co-fator adicional do alto nível de letalidade registrado nessa área.
Acesse o artigo aqui.
A Diretora de Enfermagem do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Unioeste), Ms. Sara Priscila Carvalho Treccossi, é graduada em Enfermagem, Especialista em Emergências Pré-Hospitalares e UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Especialista em Enfermagem Dermatológica e Assistência em Feridas e Mestre em Engenharia Biomédica. Ela possui ampla experiência em urgência e emergência em UTI Adulto.
Sara participa do projeto Websérie Coronavírus em Análise, da UVPR/SETI, relatando a sua experiência no HU da Unioeste, localizado em Cascavel (PR), especialmente sobre como atua a área da Enfermagem na estruturação e na preparação voltadas ao atendimento de casos da Covid-19.
Fonte: UFABC
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do ABC (São Paulo) e da Universidade de Bristol (Inglaterra) construiu um software que simula diferentes cenários de evolução da transmissão comunitária do coronavírus (Covid-19). Sob determinadas condições de confinamento, de reintrodução do vírus no ambiente, imunidade ou mutação das cepas do patógeno, as análises apontam que o novo coronavírus pode perpetuar-se, provocando surtos de epidemia recorrentes por tempo indeterminado. Isso submeteria a população a novos períodos de confinamento e a impactos econômicos ainda mais profundos até a criação e popularização de vacinas e outros tratamentos. A ferramenta funciona online e pode ser abastecida livremente por usuários para simulações, usando parâmetros como densidade populacional, imunidade, capacidade e janela de transmissão, dentre outros. A aplicação adaptou um modelo desenvolvido em 1998 que simula a disseminação do vírus da gripe, agora reprogramado com as condições conhecidas do novo “supervírus”.
Acesse o estudo aqui.
Fonte: UFRJ
Pesquisadores do Programa de Engenharia Biomédica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro estão desenvolvendo um protótipo de ventilador pulmonar mecânico para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata, com recursos disponíveis no mercado nacional. Desenvolvido no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular, da Coppe/UFRJ, o equipamento poderá contribuir para suprir, emergencialmente, a crescente demanda dos hospitais por esses aparelhos, em decorrência da pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Uma versão preliminar do ventilador foi criada com recursos disponíveis no LEP – envolvendo o emprego de válvulas solenoides e outras – e apresentou um bom resultado em um modelo físico de pulmão configurado em condições semelhantes às de pacientes com insuficiência respiratória.
O Ministério da Saúde mantém uma página específica para conteúdos relacionados ao novo coronavírus. O endereço publica portarias, informações sobre distribuição de testes, dados sobre como ocorre a transmissão, tratamentos, boletins epidemiológicos, Plano de Contingência Nacional e verificação de informações contra fake news.
Um repositório multimídia divulga campanhas informativas produzidas no âmbito do MS. Há, também, uma área para legislações relacionadas à Covid-19. O repositório indica, ainda, orientações técnicas para profissionais da área da saúde.
Já a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná mantém uma página com dados gerais sobre a doença e específicos sobre ações estaduais, tomadas no âmbito do governo. Todos os materiais de comunicação ficam disponíveis para download.
O Prof. Dr. Dennis Armando Bertolini é graduado em Farmácia pela Universidade Estadual de Maringá. Tem mestrado em Ciências Biológicas, na área de Biologia Celular, pela UEM. O seu doutorado é em Ciências, com foco em Doenças Infecciosas e Parasitárias, pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). É professor associado nível C de Virologia Clínica do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá.
Ele participa do projeto Websérie Coronavírus em Análise, da UVPR/SETI, comentando a respeito da sua especialidade, que é a questão da evolução do vírus Sars-Cov-2, e a importância do trabalho de pesquisa de laboratórios como o LEPAC (Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas) da UEM.
Confira o vídeo abaixo:
Fonte: Fiocruz
A Fiocruz coordena, no Brasil, o ensaio clínico Solidariedade (Solidarity), da Organização Mundial da Saúde. A iniciativa tem como objetivo investigar a eficácia de quatro tratamentos para a Covid-19 e será implementada em 18 hospitais de 12 estados, com o apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Uma das premissas do estudo é que ele seja adaptável, ou seja, caso surjam novas evidências as linhas podem ser adequadas, com descontinuação de drogas que se mostrem ineficazes e incorporação de medicamentos que venham a se mostrar promissores. Uma comissão central tem acesso a todos os dados e faz análises durante todo o processo, evitando que os pacientes sejam expostos a drogas ineficazes ou com toxicidade elevada.