Fonte: AEN
Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) no início de abril, a UEL (Universidade Estadual de Londrina) está entre as três universidades brasileiras com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. Em primeiro lugar aparece USP, com 91 estudos publicados, seguida da Unesp com 32 e da UEL com 21. O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, que é liderada pelos Estados Unidos (4.400 estudos publicados), seguidos da China (2.523). Há várias pesquisas sobre a Covid-19 em andamento, principalmente por ser um vírus novo e de evolução clínica bem diferente do que existia até então. As universidades estaduais do Paraná estão formando redes de pesquisadores para intensificar estes trabalhos.
O Prof. Dr. Paulo Roberto Donadio (CRM-PR 5150) é graduado em Medicina pela UFPR. Realizou Residência em Clínica Médica pela UFPR e Especialização em Reumatologia pela UFPR. Ele é Doutor em Saúde Coletiva pela Unicamp e professor adjunto de Reumatologia na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Também atua como supervisor do Programa de Residência Médica em Reumatologia da UEM.
O Prof. Dr. Donadio participa do projeto Websérie Coronavírus em Análise, da UVPR/SETI-PR, falando sobre uma área relacionada à sua especialidade: os medicamentos Cloroquina e Hidroxicloroquina. Também comenta sobre a sua experiência recente com orientação de casos clínicos e de pacientes internados via web.
Confira o vídeo abaixo:
Fonte: Johns Hopkins
Na quinta-feira, dia 2 de abril, o levantamento de dados desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, mostrou que já passa de um milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo. A compilação inclui casos em que o vírus ainda está ativo, os curados e também as vítimas fatais da Covid-19. Segundo a instituição de ensino e pesquisa, os Estados Unidos lideram o ranking de casos. São mais de 245 mil estadunidenses infectados. Na sequência aparecem a Itália, a Espanha, a Alemanha e só então a China, com 82 mil contaminações confirmadas. Ainda conforme o estudo, o número de mortes pela doença ultrapassou a marca de 50 mil. Por outro lado, mais de 200 mil pessoas já estão curadas.
Veja o mapeamento aqui.
Fonte: Jornal da USP
Há no Brasil um grupo de cientistas independentes e voluntários (físicos, matemáticos, biólogos e médicos) que busca avaliar a evolução da Covid-19 por meio da ciência de dados. A análise é feita através de modelos matemáticos típicos de surtos de epidemia, tais como a modelagem, já usada ao tratar da dengue e da própria Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave). De acordo com o professor Domingos Alves, do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, o objetivo da equipe é traçar o melhor cenário possível de previsão dos casos. O grupo, inclusive, criou um site para acompanhamento do monitoramento dos dados obtidos e de suas análises.
Confira aqui o monitoramento.
Fonte: Fiocruz
O Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz tem como função produzir informações para ação. Seu objetivo geral é o desenvolvimento de análises integradas, tecnologias, propostas e soluções para enfrentamento da pandemia por Covid-19 pelo SUS e a sociedade brasileira.
O observatório está estruturado de modo colaborativo, permitindo que as iniciativas e os trabalhos já desenvolvidos nos diversos laboratórios, grupos de pesquisas e setores da Fiocruz, no âmbito de suas competências e expertises, desenvolvam suas atividades de forma ágil, em redes de cooperações internas e externas, para a produção e divulgação de materiais para o enfrentamento da pandemia. Sua dinâmica de trabalho envolve a produção de informações, dashboards, análises, desenvolvimento de tecnologias e propostas.
Confira os materiais disponíveis aqui.
Título original: Structural basis of receptor recognition by SARS-CoV-2
Fonte: Nature
Artigo assinado por Jian Shang, Gang Ye, Ke Shi, Yushun Wan, Chuming Luo, Hideki Aihara, Qibin Geng, Ashley Auerbach e Fang Li.
Resumo:
Um novo coronavírus tipo SARS (SARS-CoV-2) surgiu recentemente e está se espalhando rapidamente em humanos. Uma chave para combater essa epidemia é entender o mecanismo de reconhecimento de receptores do vírus, que regula sua infectividade, patogênese e variedade de hospedeiros. SARS-CoV-2 e SARS-CoV reconhecem o mesmo receptor – ACE2 humano (hACE2). Aqui, determinamos a estrutura cristalina do domínio de ligação ao receptor SARS-CoV-2 (RBD) (projetado para facilitar a cristalização) em complexo com hACE2. Comparado com o SARS-CoV RBD, uma crista de ligação a hACE2 no SARS-CoV-2 RBD requer uma conformação mais compacta; além disso, várias alterações de resíduos no SARS-CoV-2 RBD estabilizam dois pontos de acesso a vírus na interface RBD / hACE2. Essas características estruturais do SARS-CoV-2 RBD aumentam sua afinidade de ligação a hACE2. Além disso, mostramos que o RaTG13, um coronavírus de morcego intimamente relacionado ao SARS-CoV-2, também usa o hACE2 como receptor. As diferenças entre SARS-CoV-2, SARS-CoV e RaTG13 no reconhecimento de hACE2 lançam luz sobre a possível transmissão de SARS-CoV-2 de animal para humano. Este estudo fornece orientação para estratégias de intervenção visando o reconhecimento de receptores por SARS-CoV-2.
Acesse o artigo aqui.
Fonte: Portal.periodicos Capes
Editoras que fazem parte do Portal de Periódicos Capes e são representadas pelo International Trade & Marketing Services (ITMS Group) aderiram à iniciativa de disponibilizar conteúdos, de forma gratuita, que possam ser úteis para o estudo da pandemia de Covid-19. Além da Annual Reviews e da Royal Society Publishing, o grupo informou novos materiais das seguintes editoras: American Physiological Society (APS), American Society for Testing and Materials (ASTM International), American Society of Mechanical Engineers (ASME), Institute of Physics Publishing (IOP Publishing), Rockefeller University Press (RUP) e Science Magazine.
Confira a lista aqui.
Título original: Substantial undocumented infection facilitates the rapid dissemination of novel coronavirus (SARS-CoV2)
Fonte: Science
Artigo assinado por Ruiyun Li, Sen Pei, Bin Chen, Yimeng Song, Tao Zhang, Wan Yang, Jeffrey Shaman.
Resumo:
A estimativa da prevalência e contagiosidade de novas infecções por coronavírus não documentadas (SARS-CoV2) é crítica para a compreensão da prevalência geral e do potencial pandêmico dessa doença. Aqui usamos observações da infecção relatada na China, em conjunto com dados de mobilidade, um modelo de metapopulação dinâmica em rede e inferência bayesiana, para inferir características epidemiológicas críticas associadas ao SARS-CoV2, incluindo a fração de infecções não documentadas e sua contagiosidade. Estimamos que 86% de todas as infecções não foram documentadas (IC 95%: [82% –90%]) antes das restrições de viagem em 23 de janeiro de 2020. Por pessoa, a taxa de transmissão de infecções não documentadas foi de 55% das infecções documentadas ([46% a 62%]); no entanto, devido ao seu maior número, as infecções não documentadas foram a fonte de infecção para 79% dos casos documentados. Essas descobertas explicam a rápida disseminação geográfica do SARS-CoV2 e indicam que a contenção desse vírus será particularmente desafiadora.
Acesse a pesquisa aqui.
Fonte: CPR UEM
A UEM (Universidade Estadual de Maringá) conta com Grupo de Estudo de Evidências Científicas em Covid-19. Nesse período em que o distanciamento social é fundamental, o grupo se reúne por meio de redes sociais, troca informações por e-mails, arquivos compartilhados em nuvem e realiza reuniões virtuais. O grupo está indicando pesquisas sobre o assunto. Textos já foram publicados pelo grupo, além da indicação de sugestões de relatórios de pesquisadores da universidade.
Os textos são divididos por temáticas, como por exemplo: Biossegurança, Grupos de Risco, Terapêutica, Transmissão, Manejo de Pacientes, Diagnóstico e Sars-Cov2-Patogênese.
Acesse o site do Grupo de Estudo.
Fonte: SBMFC.
Revisão rápida produzida por Rachel Riera, coordenadora do NATS-HSL (Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital Sírio-Libanês) e Rafael Leite Pacheco, pesquisador do DEGS (Disciplina de Economia e Gestão em Saúde da Unifesp).
Resumo:
Contexto: Com base em resultados de estudos preliminares, o uso off-label de hidroxicloroquina para infecção por COVID-19 tem sido observado na prática. Objetivos: Identificar, avaliar sistematicamente e sumarizar as melhores evidências científicas disponíveis sobre a eficácia e a segurança do uso da hidroxicloroquina e cloroquina para infecção por COVID-19. Métodos: Revisão sistemática rápida (rapid review methodology). Resultados: Após o processo de seleção, 17 estudos foram incluídos: um estudo clínico em andamento com dados parciais publicados e 16 estudos em andamento sem dados publicados. Os dados de eficácia foram restritos a um único estudo, com 42 participantes que avaliou apenas a detecção viral (desfecho intermediário). O estudo possui sérias limitações metodológicas e apresenta risco de viés sério pela ferramenta ROBINS-I. Nenhum dado de segurança foi apresentado pelo estudo. A avaliação da certeza da evidência pela ferramenta GRADE não foi realizada devido à ausência de desfechos clínicos relevantes. Conclusão: Com base nos achados nesta revisão sistemática rápida, a eficácia e a segurança da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes com COVID-19 é incerta e seu uso de rotina para esta situação não pode recomendado até que os resultados dos estudos em andamento possam avaliar seus efeitos de modo apropriado.
Confira a revisão aqui.
Título original: Estimating the number of infections and the impact of nonpharmaceutical interventions on COVID-19 in 11 European countries
Fonte: Imperial College UK
Relatório assinado pelo grupo de pesquisa responsável pela COVID-19 na instituição de ensino.
Resumo:
Após o surgimento de um novo coronavírus (SARS-CoV-2) e sua propagação fora da China, a Europa está passando por grandes epidemias. Em resposta, muitos países europeus implementaram intervenções não farmacêuticas sem precedentes, incluindo isolamento de casos, fechamento de escolas e universidades, banimento de reuniões de massa e/ou eventos públicos e, mais recentemente, distanciamento social, incluindo bloqueios locais e nacionais. Neste relatório, usamos um modelo hierárquico bayesiano semi-mecanicista para tentar inferir o impacto destas intervenções em 11 países europeus. Nossos métodos pressupõem que alterações no número reprodutivo – uma medida de transmissão – é uma resposta imediata a essas intervenções sendo implementada em vez de mudanças graduais mais amplas no comportamento. Nosso modelo estima essas mudanças calculando para trás as mortes observadas ao longo do tempo para estimar a transmissão que ocorreu várias semanas antes, permitindo o intervalo de tempo entre infecção e morte.
Acesse o estudo aqui.
A Organização Pan-Americana de Saúde, parte da Organização Mundial de Saúde, preparou uma página com as principais informações conhecidas a respeito do coronavírus. O conteúdo é atualizado constantemente e concentra dados comprovados, materiais informativos, medidas de prevenção e outros assuntos pertinentes. Os artigos científicos estão na vitrine do conhecimento da BIREME/OPAS/OMS (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) sobre o COVID-19. Acesse este link.